Educação é mais determinante do que renda para qualidade de vida, diz estudo

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17/07/2018

Um estudo da Universidade de Economia e Negócios de Viena (Áustria) mostrou que os benefícios de uma formação escolar de qualidade vão além do êxito profissional. Ao analisar escolaridade, renda e mortalidade de 174 países, entre 1970 e 2010, provou-se que a educação é o fator determinante para que as pessoas tenham maiores chances de uma vida longa e saudável, acima até da renda.

A lógica é simples: o maior acesso à informação levaria a melhores escolhas sobre a saúde e, consequentemente, a uma maior expectativa de vida. “O estudo desafia a visão de análises anteriores de que a renda e o desenvolvimento de novas tecnologias médicas são os principais impulsionadores da saúde. Isso é importante para que a comunidade global invista em áreas diversas, principalmente na educação”, explica Wolfgang Lutz, autor da pesquisa.

Segundo os pesquisadores, com o passar do tempo, a ligação entre educação e melhores escolhas de saúde - e, portanto, expectativa de vida - se tornará mais aparente. Cynthia Wood, psicóloga e psicopedagoga na clínica Crescendo e Acontecendo, acredita que a relação é óbvia. “É fácil perceber que quanto maior o estudo, maior a qualidade de vida. Conforme as pessoas descobrem que certas coisas fazem mal a sua saúde, passam a evitá-las. Não estamos falando apenas do sedentarismo e da má alimentação, mas daquilo que faz mal psicologicamente”, explica.

Para a especialista, a educação é determinante para que as pessoas não se submetam a situações que não lhe fazem bem, tornem-se mais críticas e deixem de se forçar a algo que pode adoece-las. Mas se queremos que as crianças também sejam beneficiadas por isso, a escola precisa se reinventar. “Ao mesmo tempo que as crianças sabem desde cedo o que faz mal, elas já nascem inseridas no mundo tecnológico e a escola soa ainda mais desestimulante em comparação a esse mundo digital [...] É preciso um grande investimento em reformular a educação para que essas crianças também venham a se beneficiar dessa qualidade de vida”, destaca.

fonte: Revista Crescer